Escravidão no Pará? Trabalhadores são resgatados no estado

Em uma operação da Polícia Federal, juntamente com o Ministério Público do Trabalho e o Ministério do Trabalho, entre os dias 15 e 19 de maio, foram resgatados três trabalhadores de um local de trabalho em condições análogas à escravidão no Pará.

Além disso, outros 24 trabalhadores rurais viviam em situações precárias em fazendas de Santo Antônio do Tauá, Santa Izabel, Vigia, Barro Branco, Terra Alta, São Caetano de Odivelas e São João da Ponta, no Pará.

A operação começou após denúncias realizadas aos três órgãos sobre trabalhadores que estavam em situações degradantes no estado. Confira!

Trabalhadores resgatados de situação análoga à escravidão, no Pará

Até o momento a operação que envolveu a Polícia Federal, juntamente com o Ministério Público do Trabalho e o Ministério do Trabalho, prendeu cinco pessoas indiciadas por manter trabalhadores em situação análoga à escravidão no Pará.

Entre os dias 15 e 19 de maio, trabalhadores que cultivavam açaí e mandioca em propriedades distantes dos centros urbanos e cercadas por mata fechada foram resgatados de situações insalubres.

Os trabalhadores foram salvos após terem sido encontrados em locais sem banheiro, sem água potável, sem equipamentos nem materiais de primeiros socorros. Além disso, a alimentação era degradante, não havia formalização de documentos trabalhistas e as jornadas eram exaustivas.

Desses funcionários, três estavam em situação precária e foram retirados do local com urgência e ficando sob responsabilidade do Ministério Público do Trabalho. Esses trabalhadores dormiam com suas famílias em casas de madeira, com dezenas de morcegos no teto, muita sujeira e produtos químicos.

Outros 24 trabalhadores voltarão a trabalhar quando os chefes cumprirem as exigências trabalhistas. Os casos estão sendo analisados e a operação deve ir a mais propriedades rurais nas próximas semanas.

As fazendas ficam entre os municípios de Santo Antônio do Tauá, Santa Izabel, Vigia, Barro Branco, Terra Alta, São Caetano de Odivelas e São João da Ponta, no Pará. 

Imagem: Reprodução/Polícia Federal